Há algum tempo que andava "distante", talvez a tentar aumentar a fome de um álbum novo que só virá lá para Maio...mas hoje não resisti. Foi uma semana de "hurt myself to see if I still feel", parafraseando Nine Inch Nails, mas cuja resposta acabou por ser "não" sem que ficasse a saber se isso é bom ou mau...sem que ficasse a saber, ponto. Vi o Closer, preferia não ter gostado. Gostei pelos mesmos motivos que amigos meus não gostaram: demasiado negativista em termos relacionais, todavia real. Comprei o álbum do Damien Rice. Já não bate. Já está em posto de escuta da Fnac. Qualquer dia faz a Aula Magna e torna-se cantautor-fétiche da nação pseudo-iluminada, tipo Rufus. Tentei não pensar nisso. Tentei não pensar também naquilo. Fui a Lisboa ver uma banda que não me interessava a ponta dum corno por causa da companhia. Voltei sozinho. Que se foda, eu perdoo tudo a toda a gente, eu sou uma jóia. Fui perder o sono para onde pudesse ver a lua cheia (bright moon forever?). Repassei o Chris Cornell a solo. Deu para ver que as aulas de canto já quase que me dão para cantar em cima daquilo, mas o propósito não era esse. Precisava do meu aliado para desabafar, explodir calmamente contra o resto do mundo como só os dois sabemos. Precisava dele sentado atrás da merda da bateria e não enfiado na puta da cama do hospital, de onde nenhum dos dois sabe quando e como vai ele sair. Já nem isso me dói. Levei na cabeça por ser de "direita". No dia seguinte levei na cabeça de gajos de direita. Foi divertido. Mais uma vez era hoje que eu me ia deitar cedo. Claro. Passa das 5 e meia. Whatever. Ultimamente convivo pior com a almofada do que com o próprio espelho. Última tentativa da semana: Champagne Supernova. Se não resultar, amanhã compro um desfibrilhador. Mas esta é pavloviana, ainda não fiz "play" e já me babo. Best vocals ever. Lead guitar by Mr. Weller. E algo para pensar entre a partida da nóia e a chegada do sono...How many special people change? How many lives are living strange? Where were you while we were getting high?
