31.8.08

Aforismo

Dá Deus a mariscada a quem só quer cuspir no prato. O urso da mesa do lado pagou a conta ao início e fodeu-se.

29.8.08

"Abra as pernas, sff!"


Esta vai passar a ser uma expressão comum, na vida dos Nova Iorquinos,
especialmente aqueles que se atrevem a andar de bicicleta. A história
é fácil, artista/designer, re-inventa as barras para prender as
bicicletas. Caso queiram ver as outras, é seguir o link.

Prático não é?

28.8.08

E para acabar a noite, duas das que já não se fazem

A melhor rock&roll love song de sempre:


E uma das melhores canções de sempre:
Welcome back #2





Welcome back #1

18.8.08

Heart Poll

O que magoa mais: Perder pela inércia, ou pela acção, acabar por afastar a pessoa?

15.8.08

Dúvida olímpica

O Walter Dix e o Tyson Gay dormem no mesmo quarto na aldeia olímpica?

8.8.08

Lessons in lovelessness

Mais difícil e raro do que encontrar A pessoa, é ser igualmente encontrado. A reciprocidade é uma probabilidade de 2 em 6 biliões. Deus deve ser isso. E os milagres, e todas essas merdas em que me recuso a acreditar. Por falta de provas.
Heart alpinism

Um ano. Senti mais do que muita gente sente numa vida inteira.
A esperança irracional contra tudo o que dizia "não chegas lá acima", porque tinha a certeza que no cimo da montanha estava tudo o que sonhei. Só isso fazia valer a pena a escalada e esquecer as pequenas quedas e mazelas ao longo da subida.
A descoberta de que tinha um coração, ou qualquer coisa que me queria saltar fora do peito ao ouvir a voz, ler uma mensagem, ouvir certas canções, saber que do outro lado também havia alguém para quem o significado da vida poderia estar escondido algures numa canção lamechas.
"Soulmate."
As noites em que o Universo tinha um centímetro a mais, e isso correspondia a quedas em abismos, mas continuava a haver uma escalada por fazer.
O dia em que a expansão do Universo se inverteu à porta do Beer Hunter, o tal centímetro a mais desapareceu e o pico da montanha ficou à distância de só mais um beijo.
"Bastard!"
"Déjà vu?"
"A Grande Ordem Cósmica não podia ser em vão."
A escolha de apanhar um avião para chegar ao pico, e a subsequente queda, sem direito a "parachute". Os ossos todos partidos, a falha de órgãos vitais, primeiro o coração, depois o cérebro.
Um ano.
Já sem gesso, reparo que ainda tenho vestido o equipamento de escalada.
Conclusão precipitada

Os Wolfmother têm um contrato de banda diferente.

5.8.08

Heineken in the UK

Dois membros deste blog foram a Paredes de Coura. Até o pseudo-punk dos dois saiu do pseudo-moshpit dos Sex Pistols a exclamar "fraude!", portanto nem me dou ao trabalho de dizer mais nada que não seja gasolina para a fogueira. Vi o fantasma da Rainha-Mãe a fazer de Johnny Rotten. Uma velhinha querida a esforçar-se por parecer um punk semi-enresinado, que dispara uns fucks e uns shits em direcção ao técnico de monição para cumprir a quota de vernáculo obrigatória. Invasão de palco e o punkmeister-gone-granny põe voz de professora primária e exclama "respeeeeeeect! always respeeeeeeeeeeeeect!" Coninhas is the new punk?!

E se no dia dos Sex Pistols o concerto que mais me fez bater o pé (e esse foi o pico musical de emoção na 5ª) foram os X-Wife, dá para ter uma ideia da medianidade da coisa...

E se alguém disser que eu saltei e dancei durante cerca de três horas na 6ª, eu atiço os cães. Rakes com um set de quem assume que meteu a pata na argola com o segundo álbum: tocaram o primeiro quase na íntegra. E foi do caraças. Cantor com a cara do Tim Wheeler dos Ash, fisionomia do Jarvis Cocker e tiques de quem está com pressa de sair dali a correr para o Trumps. I came here for the music anyway.

Os Editors estão cada vez mais competentes, cada vez mais stadium-friendly, cada vez mais Coldplay (agora que os Coldplay estão cada vez mais U2), cada vez mais enfadonhos. Next!

Primal Scream. Terceira vez que os vejo. Mauzinho q.b. na primeira parte dos Stones em Coimbra, empolgante no palco secundário do Hyde Park Calling há dois anos. Outra vez ao ar livre, o que sairá dali? Saiu uma tareia monumental. Do Jailbird, Rocks e Movin' On Up dos primórdios cada vez mais a rasgar até ao novo álbum (o álbum pop?), com escala na rave Swastika Eyes e Shoot Speed/Kill Light. Bónus adicional I'm Losing More Than I'll Ever Have, desenterrado dos confins do raio que os parta, de joelhos mas a flutuar dois ou três palmos acima do chão. Já pude abandonar o festival sem dar o dinheiro como mal-gasto. Encore? Mas qual encore? O Mani está cheio de sede!