Tucson, Arizona
A sétima cidade que eu vivi mais tempo (uma marca perdida na irrelevância) tem vocação artística. Desde o filme Clueless, a gloriosa Tucson, situada entre uma dúzia de cactos, três hienas e dois esquilos no deserto do Arizona, tem mantido uma respeitável tradição na nata do mercado cinematográfico norte-americano.
(Só não esperávamos chegar ao Cazaquistão.)
De todas as cidades rednecks dos EUA, Borat tinha de escolher Tucson. Tucson! Home of the braves wildcats, do Sahuaro High School, cuja equipa de futebol (americano) fora outrora imbatível.
O momento de maior repercussão foi a cantoria comunitária da música “Throw the Jew Down the Well”, num bar com a confederate flag à entrada. Este sing-along na tasca de um homem (muito provavelmente) chamado Bubba, recoloca Tucson na boca do povo. Seriam os freqüentadores do bar anti-semitas? Ou apenas acolhedores, ansiosos por conseguir fazer o humorista sentir-se em casa?
A verdade é que eu não tenho esta resposta. Tucson é como todos as outras cidades cowboys no meio do deserto do Arizona, povoada por mais cactos que almas, com uma cordilheira em volta, que a faz parecer um vale. Com um pouco de quase nada.
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