27.4.07

Waiting Game

Pouca coisa para dizer, então não se diz nada. Nos blogs como na vida real. Discos comprados em Londres, para parecer que ainda estou lá. Hats off to The View, putos (começar a reconhecer bandas de que se gosta como "putos" é um sinal definitivo de velhice...e de muitas outras coisas) escoceses que pegaram no produtor do Definitely Maybe e nas pegadas dos Libertines e ainda esta tarde me deixaram com pele de galinha meia hora a ouvir o Face for the Radio em loop, como eu odeio que qualquer outra pessoa faça à minha frente. Cooper Temple Clause com mais um álbum como o primeiro, para trepar as paredes, fazer o pino no telhado, voltar para baixo e procurar alguém para abraçar urgentemente. Acabaram ontem, quando eu tirava as medidas a uma ida a Madrid para vê-los no Primavera Sound. Fiquei órfão duma banda que me pôs aos saltos no quarto, aos berros no carro e a chorar convulsivamente quando me caiu a Murder Song na playlist dum dia demasiado mau para ter sido verdade.
Um dia vou conseguir perceber o mecanismo cósmico que atira inevitavelmente uma melga para o meio duma conversa que se quer ter até ao fim na noite, da manhã seguinte, da vida toda, o tempo necessário para se rasgar a pele até mostrar a alma toda. É preciso ter karma. O meu horóscopo para a noite tinha melhores previsões para a parte financeira, aparentemente.
Agora ia para a cama sonhar que Outubro não tinha acabado, mas está um alarme a tocar do outro lado da rua...depois até era gajo para dormir qualquer coisa.

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