18.4.08

The tear that hangs inside my soul forever

Este amor é uma viagem tumultuosa de idas e voltas permanentes entre a sarjeta e as nuvens. Mas mesmo estando na sarjeta, estar de olhar fixo nas estrelas. Este amor são horas perdidas a desfiar impropérios contra quem tomou o meu lugar e nunca o saberá/merecerá ocupar como eu. Este amor é ouvir-te cantar e ficar com pele de galinha. Este amor é rosnar chateadinho, quando tudo o que apetece dizer é "Acorda! Eu amo-te! Ainda! Para sempre!". Este amor tem tempo para esperar, mas não quer. Apesar de não ter outra solução. Este amor é ter mentido descaradamente quando perguntaste se eu estava a chorar. Este amor tem um desejo quase mórbido de te magoar ao ponto de nunca mais me largares, como faz quem ocupa o lugar que devia ser meu. Este amor sabe que existiu, que ainda vive em mensagens guardadas em telemóveis e memórias, em músicas, em private jokes que hoje são mais ou menos censuradas. Este amor é a Grande Ordem Cósmica, o eterno bastião da minha vontade férrea de te ter ao meu lado. Este amor é uma ligação de almas como a que temos, mesmo que os corpos anseiem por outra coisa. Este amor é desejar ter um aneurisma ao saber que todas as nossas canções já não são nossas, mas tuas e de mais alguém. Este amor são os meus pesadelos, que usurparam o lugar onde anteriormente viveram os mais lindos sonhos da minha vida. Este amor é a memória da tua pele, do teu pescoço, da cicatriz por cima do teu lábio, das nossas mãos, línguas e vidas entrelaçadas. E como foi o único que senti desta maneira, tudo o que eu quero é este amor e não outro. Porque nunca outro estará à altura.

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