12.6.07

Fugitive Motel

Sempre a teoria do mal menor. Entre o coração partido durante os seis meses em que não nos vimos e a angústia de agora que já nos vemos outra vez a espera ser outra. Entre o mundo inteiro a separar-nos e aquele palmo em que nenhum dos dois avança. E com isto vêm as dúvidas, as crises, a vontade de me esconder do mundo para me deixar angustiar onde ninguém veja, os sonhos em que se acorda sempre cedo demais e sempre sozinho demais, a depressão quando uma vez o telefone chama até eu desistir, mesmo que eu saiba (ou queira acreditar) que já deve ser tarde para ligar. As músicas lamechas que se ouvem e as outras todas que de repente ganham sentidos lamechas incutidos pelo que me vai na cabeça. Depois um dia não sou eu a perguntar quando é que nos voltamos a ver, e não sou eu o primeiro a mandar "beijinhos" no fim da chamada e ganho euforicamente o dia. Mas ainda espero pelo segundo em que eles vão ser mesmo dados e não ditos...

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