Memorando ao Capitão (and to whom it may concern)
Deixar de fumar é fácil...eu próprio já fiz essa merda umas 7 ou 8 vezes...
Quando este blog começou ainda nenhum de nós aparecia na imprensa escrita. terumblogegay@gmail.com
31.8.04
Mais ainda...
Acrescento que estou muito orgulhoso de aparecer na Focus desta semana ao lado da Marisa Cruz (precisamente na foto ao lado...e eu estou de costas e muito lá ao fundo do lado direito) e no magazine do Correio da Manhã de domingo ao lado (e desta vez na mesma foto) de grandes amigos como o Lenny, o João Braga Gonçalves, o Jean Piret, e o Entre Outros.
Acrescento que estou muito orgulhoso de aparecer na Focus desta semana ao lado da Marisa Cruz (precisamente na foto ao lado...e eu estou de costas e muito lá ao fundo do lado direito) e no magazine do Correio da Manhã de domingo ao lado (e desta vez na mesma foto) de grandes amigos como o Lenny, o João Braga Gonçalves, o Jean Piret, e o Entre Outros.
Up on a spinner
Intervalo na digressão quase mundial gastronómica e de perseguição aos concertos dos amigos. Em 4 dias estive muito perto de ver 3 concertos. Não vi, mas posso dizer que os jantares estavam óptimos, com realce para o de 4ª feira em Porto Covo, uma bela mariscada acompanhada de pseudo-peruanos de guitarra, flauta e cassete com playback instrumental a repetir o Chiquitita dos ABBA de 10 em 10 minutos (teste à resistência do estômago, portanto) e para o de sábado no Carvoeiro, dois belos nacos, um na pedra e outro na mesa ao lado (cujo nome não pode ser pronunciado, sob pena de provocar irritações sub-cutâneas em toda a área que vai de Cascais a Alverca a corta-mato, por causa das portagens da CREL e de o jipe pagar classe 2).
Intervalo na digressão quase mundial gastronómica e de perseguição aos concertos dos amigos. Em 4 dias estive muito perto de ver 3 concertos. Não vi, mas posso dizer que os jantares estavam óptimos, com realce para o de 4ª feira em Porto Covo, uma bela mariscada acompanhada de pseudo-peruanos de guitarra, flauta e cassete com playback instrumental a repetir o Chiquitita dos ABBA de 10 em 10 minutos (teste à resistência do estômago, portanto) e para o de sábado no Carvoeiro, dois belos nacos, um na pedra e outro na mesa ao lado (cujo nome não pode ser pronunciado, sob pena de provocar irritações sub-cutâneas em toda a área que vai de Cascais a Alverca a corta-mato, por causa das portagens da CREL e de o jipe pagar classe 2).
18.8.04
Bitterness Rising...NOT(?)
I've come to wish you an unhappy birthday
I've come to wish you an unhappy birthday
because you're evil
and you lie
and if you should die
I may feel slightly sad
(but I won't cry)
Loved and lost
and some may say
when usually it's nothing
surely you're happy
it should be this way?
I say "No, I'm gonna kill my dog"
and: "May the lines sag heavy
and deep tonight XXX"
I've come to wish you an unhappy birthday
I've come to wish you an unhappy birthday
because you're evil
and you lie
and if you should die
I may feel slightly sad
(But I won't cry)
Loved and lost
some people say
when usually it's nothing
surely you're happy
it should be this way?
I said "No"
and then I shot myself
so, drink, drink, drink
and be ill tonight
from the one you left behind
from the one you left behind
from the one you left behind
from the one you left behind
The Smiths - Unhappy Birthday - Strangeways Here We Come - 1987
I've come to wish you an unhappy birthday
I've come to wish you an unhappy birthday
because you're evil
and you lie
and if you should die
I may feel slightly sad
(but I won't cry)
Loved and lost
and some may say
when usually it's nothing
surely you're happy
it should be this way?
I say "No, I'm gonna kill my dog"
and: "May the lines sag heavy
and deep tonight XXX"
I've come to wish you an unhappy birthday
I've come to wish you an unhappy birthday
because you're evil
and you lie
and if you should die
I may feel slightly sad
(But I won't cry)
Loved and lost
some people say
when usually it's nothing
surely you're happy
it should be this way?
I said "No"
and then I shot myself
so, drink, drink, drink
and be ill tonight
from the one you left behind
from the one you left behind
from the one you left behind
from the one you left behind
The Smiths - Unhappy Birthday - Strangeways Here We Come - 1987
17.8.04
Não tem nada que enganar
Veiga detém 80,5% do Estoril-Praia. Portanto 6 pontos já lá moram. Mais 6 com os melhores cumprimentos do Alverca, mais 3 por cada jogo apitado pelo Bruno Paixão, acho que já dá para o glórias não descer de divisão...
Veiga detém 80,5% do Estoril-Praia. Portanto 6 pontos já lá moram. Mais 6 com os melhores cumprimentos do Alverca, mais 3 por cada jogo apitado pelo Bruno Paixão, acho que já dá para o glórias não descer de divisão...
16.8.04
The (very) long wait
Enquanto espero a alteração do Template deste blog, vou adquirir uma cama a prova de ataques bio-químicos. Os próximos 50 anos podem ser perigosos.
Enquanto espero a alteração do Template deste blog, vou adquirir uma cama a prova de ataques bio-químicos. Os próximos 50 anos podem ser perigosos.
14.8.04
13.8.04
Notícias Latino-Americanas
Domingo ocorre o referendo na Venezuela. Não importa o que digam, as opções de verdade são "NO" (revolução comunista) e "SI" (ditadura de direita por 3 anos e depois democracia).
As conseqüencias para toda a América Latina ainda não são completamente conhecida... A vitória do "NO", a meu ver, irá servir como último suspiro para Fidel e como inspiração para que esta so-called Revolução Bolivariana se expanda também para a Bolívia, com os cocaleros (plantadores de cocaína de inspiração comunista). Esta revolução expandir-se-a também para a Argentina, mas não acredito que terá fôlego no país do Maradona.
Pode afectar o Brasil? Não. Ao contrário das piadinhas que eu faço sobre termos um governo "socialista", o Brasil tem uma instituição democrática forte em todos os meios de comunicação (imprensa, rádio e tv). E ajuda o facto também de não falarmos espanhol (o que acaba por nos afastar um pouco do que acontece no resto da América Latina). E de termos um partido de esquerda (dizem que o maior do mundo) que já chegou ao poder e sabe portanto como as coisas funcionam na "vida real" e deixaram de ter utopias terceiro-mundistas.
Mas eu estou animado com este referendo. É nestas alturas que eu gostaria de ter metade do meu cérebro, de não saber as conseqüencias do "comunismo real", de não ter visitado Cuba e de não conhecer outros países. Assim iria para a Venezuela, a trabalho de algum partido comunista brasileiro para apoiar Chavez e a sua Revolução Bolivariana. Curtia ser como o John Reed, que no seu clássico "Ten Days That Shook The World" narrou a revolução soviética em primeira pessoa, vivendo aqueles 10 dias mais importantes do sec XX (e talvez de sempre).
E 85 anos depois a revolução chega ao terceiro mundo.
Domingo ocorre o referendo na Venezuela. Não importa o que digam, as opções de verdade são "NO" (revolução comunista) e "SI" (ditadura de direita por 3 anos e depois democracia).
As conseqüencias para toda a América Latina ainda não são completamente conhecida... A vitória do "NO", a meu ver, irá servir como último suspiro para Fidel e como inspiração para que esta so-called Revolução Bolivariana se expanda também para a Bolívia, com os cocaleros (plantadores de cocaína de inspiração comunista). Esta revolução expandir-se-a também para a Argentina, mas não acredito que terá fôlego no país do Maradona.
Pode afectar o Brasil? Não. Ao contrário das piadinhas que eu faço sobre termos um governo "socialista", o Brasil tem uma instituição democrática forte em todos os meios de comunicação (imprensa, rádio e tv). E ajuda o facto também de não falarmos espanhol (o que acaba por nos afastar um pouco do que acontece no resto da América Latina). E de termos um partido de esquerda (dizem que o maior do mundo) que já chegou ao poder e sabe portanto como as coisas funcionam na "vida real" e deixaram de ter utopias terceiro-mundistas.
Mas eu estou animado com este referendo. É nestas alturas que eu gostaria de ter metade do meu cérebro, de não saber as conseqüencias do "comunismo real", de não ter visitado Cuba e de não conhecer outros países. Assim iria para a Venezuela, a trabalho de algum partido comunista brasileiro para apoiar Chavez e a sua Revolução Bolivariana. Curtia ser como o John Reed, que no seu clássico "Ten Days That Shook The World" narrou a revolução soviética em primeira pessoa, vivendo aqueles 10 dias mais importantes do sec XX (e talvez de sempre).
E 85 anos depois a revolução chega ao terceiro mundo.
Don't you know who they think they are?
(Toranja vs. Blitz)
Soube ontem da nova grande polémica do meio musical português: basicamente alguém do Blitz chamou aos Toranja qualquer coisa como um caso de plágio não punido por lei (relativamente ao Jorge Palma), ao que o manager dos Toranja respondeu processando o Blitz por difamação.
Pessoalmente acho que não há equívoco possível no que toca a defender os Toranja. Não apenas pelo facto de gostar da banda (como já referi aqui várias vezes, acho que são a melhor banda portuguesa desde o fim dos Ornatos) e de ter ficado com a impressão de que são extremamente boas pessoas para além do talento e da competência com que fazem o que fazem. Ora aqui reside a principal distinção.
Acontece que o Blitz é um jornal cretino, prepotente, que arrota postas de pescada do cimo do monopólio que detém no seu formato. Como que um cão raivoso que morde as várias mãos que o alimentam, tanto quem faz a Música que lhe dá razão de existir, como quem o compra e lhe dá meios de subsistência (por exemplo, nem ao mais reles tablóide ocorreria a abertura duma secção de correio de leitores em que após cada missiva publicada os editores têm a oportunidade de destilar os seus maus fígados, ridicularizando quem compra o jornal e perde algum do seu tempo a querer contribuir com a melhor das intenções para alguma mudança). Acontece que o Blitz deixou de ser O jornal de Música para se tornar no último bastião de alguns dos mais esbofeteáveis pseudo-adiantados-mentais disfarçados de jornalistas musicais.
Pelo pouco que tive oportunidade de conhecer de alguns elementos da banda, os Toranja (como outras bandas) têm uma postura de "gajos porreiros" em relação a quem os agride (porque é de uma agressão que se está a falar. Crítica é outra coisa completamente distinta). São mesmo assim, faz parte do feitio deles. O Tiago tem quase sempre aquela postura em palco de quase se sentir na obrigação de pedir desculpa por estar a ter o sucesso que no fundo merece. E se alguém no meio hoje em dia podia usar de alguma arrogância, eles seriam perfeitamente elegíveis para tal.
Esta postura quase que lhes deixou como única resposta possível a esta situação o recurso aos tribunais. A outra passaria pela violência física. Esta segunda hipótese (a que eu chamo a abordagem Gallagher) é-me bastante mais convidativa por dois motivos: primeiro porque ninguém ou quase ninguém a usa; segundo, porque eles andam a pedi-las há demasiado tempo. Talvez aí começassem a perceber a verdadeira ordem de prioridades e, consequentemente, a sua real importância. Porque o destaque tem de estar sempre na MÚSICA, nunca no mais recente recurso estilístico inventado por um qualquer parasita para ridicularizar tanto a Ela, como a quem A faz, consome, aprecia, vive de e/ou para Ela. Tudo com o mero intuito de nunca, mas mesmo nunca, passar entre os colegas de cartel por um "softie" qualquer. Só isso os move, só a cotação entre os pares lhes importa, o que torna qualquer tentativa de razoabilidade em relação ao Blitz numa espécie de negociação com terroristas. E com terroristas em relação à Música, ainda por cima mal camuflados, desculpem-me lá mas não contem comigo para negociar.
(Toranja vs. Blitz)
Soube ontem da nova grande polémica do meio musical português: basicamente alguém do Blitz chamou aos Toranja qualquer coisa como um caso de plágio não punido por lei (relativamente ao Jorge Palma), ao que o manager dos Toranja respondeu processando o Blitz por difamação.
Pessoalmente acho que não há equívoco possível no que toca a defender os Toranja. Não apenas pelo facto de gostar da banda (como já referi aqui várias vezes, acho que são a melhor banda portuguesa desde o fim dos Ornatos) e de ter ficado com a impressão de que são extremamente boas pessoas para além do talento e da competência com que fazem o que fazem. Ora aqui reside a principal distinção.
Acontece que o Blitz é um jornal cretino, prepotente, que arrota postas de pescada do cimo do monopólio que detém no seu formato. Como que um cão raivoso que morde as várias mãos que o alimentam, tanto quem faz a Música que lhe dá razão de existir, como quem o compra e lhe dá meios de subsistência (por exemplo, nem ao mais reles tablóide ocorreria a abertura duma secção de correio de leitores em que após cada missiva publicada os editores têm a oportunidade de destilar os seus maus fígados, ridicularizando quem compra o jornal e perde algum do seu tempo a querer contribuir com a melhor das intenções para alguma mudança). Acontece que o Blitz deixou de ser O jornal de Música para se tornar no último bastião de alguns dos mais esbofeteáveis pseudo-adiantados-mentais disfarçados de jornalistas musicais.
Pelo pouco que tive oportunidade de conhecer de alguns elementos da banda, os Toranja (como outras bandas) têm uma postura de "gajos porreiros" em relação a quem os agride (porque é de uma agressão que se está a falar. Crítica é outra coisa completamente distinta). São mesmo assim, faz parte do feitio deles. O Tiago tem quase sempre aquela postura em palco de quase se sentir na obrigação de pedir desculpa por estar a ter o sucesso que no fundo merece. E se alguém no meio hoje em dia podia usar de alguma arrogância, eles seriam perfeitamente elegíveis para tal.
Esta postura quase que lhes deixou como única resposta possível a esta situação o recurso aos tribunais. A outra passaria pela violência física. Esta segunda hipótese (a que eu chamo a abordagem Gallagher) é-me bastante mais convidativa por dois motivos: primeiro porque ninguém ou quase ninguém a usa; segundo, porque eles andam a pedi-las há demasiado tempo. Talvez aí começassem a perceber a verdadeira ordem de prioridades e, consequentemente, a sua real importância. Porque o destaque tem de estar sempre na MÚSICA, nunca no mais recente recurso estilístico inventado por um qualquer parasita para ridicularizar tanto a Ela, como a quem A faz, consome, aprecia, vive de e/ou para Ela. Tudo com o mero intuito de nunca, mas mesmo nunca, passar entre os colegas de cartel por um "softie" qualquer. Só isso os move, só a cotação entre os pares lhes importa, o que torna qualquer tentativa de razoabilidade em relação ao Blitz numa espécie de negociação com terroristas. E com terroristas em relação à Música, ainda por cima mal camuflados, desculpem-me lá mas não contem comigo para negociar.
10.8.04
9.8.04
Saudades do sudoeste?
Nos dois dias que estive por lá, foi basicamente assim...
Los Hermanos: Não tocaram o "Ana Julia", o que é um ponto a favor logo à partida. Temas do álbum novo relativamente interessantes e um bom momento com "todo o carnaval tem seu fim", canção que contém a frase mais imortal do fim de tarde: "deixa eu brincar e ser feliz, deixa eu brincar com o meu nariz"
Clã: A gaja irrita-me! Mas é que me irrita tanto! E aquele teclista que também toca nos Blind Zero, com a tromba do Freddie Ljungberg e os tiques mais abichanados do que a bicha mais bicha dos Scissor Sisters. O gajo que toca baixo com cordas de guitarra merece o prémio Coxon pela criatividade desse mesmo baixo e pelo ar de nerd. E a gaja, que me irrita até à ponta dos cabelos! E o teclista, que tem ar de gostar 30 vezes mais de homens do que ela (que por sua vez parece que se está a transformar na Lara Li) e toca enquanto faz caretas e movimentos pélvicos em direcção ao teclado...
Dandy Warhols: Se houver eleição para a maior broa do festival, o cantor com nome de gaja e apelido repetido tem de estar pelo menos no Top5. Continuando na temática das metamorfoses, o gajo aparenta estar na fase John Cougar Mellencamp, tanto no ponto de vista visual como no criativo (os temas novos são nitidamente country-rock). O departamento "quem-é-que-são-aqueles-gajos-ao-lado-do-Franklim?", no qual me incluo, sugere que daqui a dois álbuns ele tente ser o Johnny Cash, daqui a três o Willie Nelson e daqui a quatro o José Cid, fase na qual ele cairá do cavalo abaixo em pleno palco para nunca mais se levantar. Quanto ao concerto em si, reacções mornas (ou pura e simplesmente reacções) aos singles "Get Off", "Heroin Is So Passé" (pois pois, com esse aspecto anda cá dar lições de moral), "You Were the Last High" (a broa deu-lhe para tentar emular os falsetes do Simon Le Bon, que gravou backing-vocals no álbum...em vão). Única reacção digna de registo no "Bohemian Like You", tema do qual - graças a um dos elementos deste blog - eu já estava farto muito antes de se ter tornado famoso. Facto curioso (ou nem por isso) é que num festival patrocinado pela Optimus, o tema da Vodafone salva a actuação duma banda.
Franz Ferdinand: A majestosa festa do arquiduque! Hinos pop-rock-disco-camp-80s-90s-on-adrenaline-and-much-more a um ritmo frenético. A grande tareia que o festival precisava de apanhar para não ser considerado um fiasco. Salvos pelos alentejanos do Reino Unido...Quem diria? Quem duvidava?
Massive Attack: A mais recente prova (entre muitas) de que o gajo que faz o alinhamento das bandas neste festival bem podia ter sido amarrado a uma árvore na Serra do Caldeirão enquanto aquela merda ardia toda...Depois da descarga de adrenalina dos Franz Ferdinand, meter Massive Attack (os tais do passe vitalício que não fui eu quem disse) é o chamado erro crasso de alinhamento que, vindo do mesmo festival que se lembrou há uns anos de colocar Oasis antes desses grandes colossos intemporais da música mundial que são os Guano Apes, não espanta ninguém. Não fico fodido com a burrice alheia, mas fico um bocado com a falta de vontade de aprender, principalmente em casos (repetidos ano após ano) desta dimensão. Quanto ao concerto em si, posso dizer que gostei mesmo muito de os ver no Coliseu o ano passado, mas em ambiente de festival fica uma coisa muito dispersa...talvez o problema seja meu, já nem sei...
Love without Arthur Lee: deu para o gasto, principalmente se se tiver em conta que o principal motivo de interesse ficou retido nos EUA à saída para cá. Não foi mau de todo, mas também não foram propriamente uns Franz Ferdinand...nem podiam...nem era suposto poderem...
Ash: Hard-pop? Têm melodias pop completamente orelhudas (Shining Light, Burn Baby Burn, Girl From Mars...) e guitarras Flying V. Difíceis de encaixar num género fixo (o que não é necessariamente mau), mas acho que teria gostado muito mais de os ver na Aula Magna ou no Coliseu. But, then again, se eles fossem à Aula Magna ou ao Coliseu como banda principal eu provavelmente não ia.
Zero 7: Completamente condigno com as quantidades monumentais de drogas leves consumidas por todo o lado. Música para correr com as pessoas em certas pizzarias ao final da noite. Não desgosto, mas não era propriamente aquilo que eu estava a precisar de ouvir naquela altura. Se alguém se atrever a dizer o que quer que seja em desfavor da Tina Dico eu passo à violência física. O raio da miúda é linda que até dói e por cima disso ainda canta bem. E pronto, era só isto.
Da Weasel: Tenho desde já a ressalvar que já dei para esse peditório e que deixei de dar após a morte do Tupac Shakur. Puxaram bem pelo público, talvez atingindo o maior índice de interesse da noite quanto à generalidade das pessoas presentes no festival. Mas em alguns casos tentam ser nu-metal, noutros (este último álbum, por exemplo) queriam mesmo muito ter tido os Neptunes como produtores e nada disso me apela por aí além. Mas é como o outro, duas ou três dezenas de milhar de pessoas não podem estar enganadas. Ao menos o grande concerto da noite ficou para os tugas.
Groove Armada: Armada em parva. Não suporto que tentem que eu dance desde que deixei de poder beber. Não suporto o lyrical emptiness do género musical em questão (já dizia o outro, "because the music they constantly play, it says nothing to me about my life"). As animações dos ecrãs laterais faziam lembrar um batalhão de bonecos da Michelin. A música para ter o efeito desejado devia ter estado muito mais alta (mas neste festival, alto alto só mesmo os anúncios nos intervalos). Óptima altura para dar de frosques. Which I did.
Nos dois dias que estive por lá, foi basicamente assim...
Los Hermanos: Não tocaram o "Ana Julia", o que é um ponto a favor logo à partida. Temas do álbum novo relativamente interessantes e um bom momento com "todo o carnaval tem seu fim", canção que contém a frase mais imortal do fim de tarde: "deixa eu brincar e ser feliz, deixa eu brincar com o meu nariz"
Clã: A gaja irrita-me! Mas é que me irrita tanto! E aquele teclista que também toca nos Blind Zero, com a tromba do Freddie Ljungberg e os tiques mais abichanados do que a bicha mais bicha dos Scissor Sisters. O gajo que toca baixo com cordas de guitarra merece o prémio Coxon pela criatividade desse mesmo baixo e pelo ar de nerd. E a gaja, que me irrita até à ponta dos cabelos! E o teclista, que tem ar de gostar 30 vezes mais de homens do que ela (que por sua vez parece que se está a transformar na Lara Li) e toca enquanto faz caretas e movimentos pélvicos em direcção ao teclado...
Dandy Warhols: Se houver eleição para a maior broa do festival, o cantor com nome de gaja e apelido repetido tem de estar pelo menos no Top5. Continuando na temática das metamorfoses, o gajo aparenta estar na fase John Cougar Mellencamp, tanto no ponto de vista visual como no criativo (os temas novos são nitidamente country-rock). O departamento "quem-é-que-são-aqueles-gajos-ao-lado-do-Franklim?", no qual me incluo, sugere que daqui a dois álbuns ele tente ser o Johnny Cash, daqui a três o Willie Nelson e daqui a quatro o José Cid, fase na qual ele cairá do cavalo abaixo em pleno palco para nunca mais se levantar. Quanto ao concerto em si, reacções mornas (ou pura e simplesmente reacções) aos singles "Get Off", "Heroin Is So Passé" (pois pois, com esse aspecto anda cá dar lições de moral), "You Were the Last High" (a broa deu-lhe para tentar emular os falsetes do Simon Le Bon, que gravou backing-vocals no álbum...em vão). Única reacção digna de registo no "Bohemian Like You", tema do qual - graças a um dos elementos deste blog - eu já estava farto muito antes de se ter tornado famoso. Facto curioso (ou nem por isso) é que num festival patrocinado pela Optimus, o tema da Vodafone salva a actuação duma banda.
Franz Ferdinand: A majestosa festa do arquiduque! Hinos pop-rock-disco-camp-80s-90s-on-adrenaline-and-much-more a um ritmo frenético. A grande tareia que o festival precisava de apanhar para não ser considerado um fiasco. Salvos pelos alentejanos do Reino Unido...Quem diria? Quem duvidava?
Massive Attack: A mais recente prova (entre muitas) de que o gajo que faz o alinhamento das bandas neste festival bem podia ter sido amarrado a uma árvore na Serra do Caldeirão enquanto aquela merda ardia toda...Depois da descarga de adrenalina dos Franz Ferdinand, meter Massive Attack (os tais do passe vitalício que não fui eu quem disse) é o chamado erro crasso de alinhamento que, vindo do mesmo festival que se lembrou há uns anos de colocar Oasis antes desses grandes colossos intemporais da música mundial que são os Guano Apes, não espanta ninguém. Não fico fodido com a burrice alheia, mas fico um bocado com a falta de vontade de aprender, principalmente em casos (repetidos ano após ano) desta dimensão. Quanto ao concerto em si, posso dizer que gostei mesmo muito de os ver no Coliseu o ano passado, mas em ambiente de festival fica uma coisa muito dispersa...talvez o problema seja meu, já nem sei...
Love without Arthur Lee: deu para o gasto, principalmente se se tiver em conta que o principal motivo de interesse ficou retido nos EUA à saída para cá. Não foi mau de todo, mas também não foram propriamente uns Franz Ferdinand...nem podiam...nem era suposto poderem...
Ash: Hard-pop? Têm melodias pop completamente orelhudas (Shining Light, Burn Baby Burn, Girl From Mars...) e guitarras Flying V. Difíceis de encaixar num género fixo (o que não é necessariamente mau), mas acho que teria gostado muito mais de os ver na Aula Magna ou no Coliseu. But, then again, se eles fossem à Aula Magna ou ao Coliseu como banda principal eu provavelmente não ia.
Zero 7: Completamente condigno com as quantidades monumentais de drogas leves consumidas por todo o lado. Música para correr com as pessoas em certas pizzarias ao final da noite. Não desgosto, mas não era propriamente aquilo que eu estava a precisar de ouvir naquela altura. Se alguém se atrever a dizer o que quer que seja em desfavor da Tina Dico eu passo à violência física. O raio da miúda é linda que até dói e por cima disso ainda canta bem. E pronto, era só isto.
Da Weasel: Tenho desde já a ressalvar que já dei para esse peditório e que deixei de dar após a morte do Tupac Shakur. Puxaram bem pelo público, talvez atingindo o maior índice de interesse da noite quanto à generalidade das pessoas presentes no festival. Mas em alguns casos tentam ser nu-metal, noutros (este último álbum, por exemplo) queriam mesmo muito ter tido os Neptunes como produtores e nada disso me apela por aí além. Mas é como o outro, duas ou três dezenas de milhar de pessoas não podem estar enganadas. Ao menos o grande concerto da noite ficou para os tugas.
Groove Armada: Armada em parva. Não suporto que tentem que eu dance desde que deixei de poder beber. Não suporto o lyrical emptiness do género musical em questão (já dizia o outro, "because the music they constantly play, it says nothing to me about my life"). As animações dos ecrãs laterais faziam lembrar um batalhão de bonecos da Michelin. A música para ter o efeito desejado devia ter estado muito mais alta (mas neste festival, alto alto só mesmo os anúncios nos intervalos). Óptima altura para dar de frosques. Which I did.
6.8.04
5.8.04
O efeito-surpresa
Raramente fez parte dos meus planos mais facilmente concretizáveis ir ao Sudoeste, mais não seja porque as datas coincidem inevitavelmente com pelo menos um aniversário na família (às vezes dois ou três). Assim de repente, de há mais ou menos 14 horas para cá, passou a fazer...which is good!
Raramente fez parte dos meus planos mais facilmente concretizáveis ir ao Sudoeste, mais não seja porque as datas coincidem inevitavelmente com pelo menos um aniversário na família (às vezes dois ou três). Assim de repente, de há mais ou menos 14 horas para cá, passou a fazer...which is good!
2.8.04
Portuguesemen of the world, be patient with your country
No início de Junho comprei uns 25 discos em Londres, tendo deixado outros tantos para trás, a pensar que os ia conseguir encontrar por cá. Há dias lembrei-me de procurar o Final Straw dos Snow Patrol, um desses que deixei ficar que tem a particularidade de, à parte a nomeação para o Mercury Prize, ter pelo menos um dos grandes singles do ano (Run). Portanto o que acontece é que o raio do álbum não é distribuído em Portugal...ao menos passa de vez em quando na Radar (where else?). Paredes de Coura, anyone?
No início de Junho comprei uns 25 discos em Londres, tendo deixado outros tantos para trás, a pensar que os ia conseguir encontrar por cá. Há dias lembrei-me de procurar o Final Straw dos Snow Patrol, um desses que deixei ficar que tem a particularidade de, à parte a nomeação para o Mercury Prize, ter pelo menos um dos grandes singles do ano (Run). Portanto o que acontece é que o raio do álbum não é distribuído em Portugal...ao menos passa de vez em quando na Radar (where else?). Paredes de Coura, anyone?
Notas sobre Cuba
- em Havana a única pessoa mais famosa que o Che Guevara é o Michael Moore
- há mais pessoas no Brasil com a t-shirt do Che Guevara do que em Cuba
- os cubanos adoram ice cream, baseball e movies. Mas odeiam os Estados Unidos.
Agora uma kids don't try this at home:
- o meu pai tentou dar dinheiro a um guarda cubano!!!!!!!! Quase foi preso.
- em Havana a única pessoa mais famosa que o Che Guevara é o Michael Moore
- há mais pessoas no Brasil com a t-shirt do Che Guevara do que em Cuba
- os cubanos adoram ice cream, baseball e movies. Mas odeiam os Estados Unidos.
Agora uma kids don't try this at home:
- o meu pai tentou dar dinheiro a um guarda cubano!!!!!!!! Quase foi preso.
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