13.8.04

Notícias Latino-Americanas


Domingo ocorre o referendo na Venezuela. Não importa o que digam, as opções de verdade são "NO" (revolução comunista) e "SI" (ditadura de direita por 3 anos e depois democracia).
As conseqüencias para toda a América Latina ainda não são completamente conhecida... A vitória do "NO", a meu ver, irá servir como último suspiro para Fidel e como inspiração para que esta so-called Revolução Bolivariana se expanda também para a Bolívia, com os cocaleros (plantadores de cocaína de inspiração comunista). Esta revolução expandir-se-a também para a Argentina, mas não acredito que terá fôlego no país do Maradona.
Pode afectar o Brasil? Não. Ao contrário das piadinhas que eu faço sobre termos um governo "socialista", o Brasil tem uma instituição democrática forte em todos os meios de comunicação (imprensa, rádio e tv). E ajuda o facto também de não falarmos espanhol (o que acaba por nos afastar um pouco do que acontece no resto da América Latina). E de termos um partido de esquerda (dizem que o maior do mundo) que já chegou ao poder e sabe portanto como as coisas funcionam na "vida real" e deixaram de ter utopias terceiro-mundistas.
Mas eu estou animado com este referendo. É nestas alturas que eu gostaria de ter metade do meu cérebro, de não saber as conseqüencias do "comunismo real", de não ter visitado Cuba e de não conhecer outros países. Assim iria para a Venezuela, a trabalho de algum partido comunista brasileiro para apoiar Chavez e a sua Revolução Bolivariana. Curtia ser como o John Reed, que no seu clássico "Ten Days That Shook The World" narrou a revolução soviética em primeira pessoa, vivendo aqueles 10 dias mais importantes do sec XX (e talvez de sempre).
E 85 anos depois a revolução chega ao terceiro mundo.

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