8.1.08

The state I am under.../In the future when all's well

Ausente, calado, a dormir dias inteiros e a pedir às noites que passem depressa. Com os ouvidos e a cabeça e o leitor de cd do carro cheios das canções mais tristes que me ocorrem. Às vezes vou parar onde o carro me leva e à chegada pergunto-me que raio estou a fazer ali. Por outro lado, quando não há destino como é que se sabe onde ou quando fica exactamente a chegada? Com pena de mim próprio, com tudo o que de pejorativo tem esse sentimento (o único sentimento que me resta). Penso diariamente em mandar o cérebro para um ginásio, até ganhar a força suficiente para atirar com uma porta. Devia ter tido coragem para ganhar 20 euros há dias, nem que fosse para um dia "in the future when all's well" ou "if anything's any better than this" poder cantar "said something I did not mean to say" em penitência. Ou aprender a odiar, nem que seja temporariamente, nem que seja um ódio que não é mais do que a negação do amor. Do que implodiu em mim sem poder largar um estilhaço que fosse para fora, e deixou só um amontoado de destroços criteriosamente limitados por farrapos de pele. In the future when all's well, eu vou acordar e ver quem eu puder amar ao meu lado, ficar quieto a contemplar a imagem e agradecer à Grande Ordem Cósmica isto ter sido só um pesadelo em extended-mix.

Anteontem o frasco de vidro onde guardo uma amostra de perfume caiu ao chão. Ao fim de alguns minutos de procura desesperada, encontrei-o intacto. O vidro não é mau, o meu coração partiu-se mais facilmente.

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