26.2.08

I must have been working the rounds when your hand slipped from mine



Velhos amigos da casa com quem se pode contar sempre para um bom ataque de pele de galinha. Já lhes reconhecia essa habilidade desde o Powder Blue, passando mais tarde pelo Switching Off e Crawling with Idiot. Agora pariram um The Loneliness of a Tower Crane Driver que não me sai do Media Player desde que entrou pela primeira vez.
Check for vital signs

Juro que esta noite senti a Grande Ordem Cósmica a respirar. Agora não sei se lhe dê uma pazada na nuca ou espere...
A plea, a petition, a kind of prayer

Que da próxima vez que alguém me cante nem que seja uma nota do Falling Slowly seja por que meio for, que realmente queira dizer o que está na letra. Como um amigo gosta de usar frequentemente contra mim, eu sou do tipo de cantores que leva as letras muito a sério.

25.2.08

Hoje preciso de um pois, preciso de um sim. O que é que queres de mim, hoje sinto-me assim...

Domingo. Lembro-me de ter insónias e de me sentir deprimido aos domingos desde os meus cinco anos. De sentir que hei-de morrer num domingo, porque é o dia mais lúgubre da semana. Nasci num domingo, será que o dia da semana em que as pessoas nascem influi tanto sobre a vida ou o destino ou a condição mental como a posição dos astros?

Não me interpretem mal, (já) não estou propriamente em estado de depressão, talvez apenas em estado contemplativo sobre a vida e as pessoas e as emoções/relações/flagelações que acontecem pelo meio de uma forma inadvertida ou nem tanto. Mas uma contemplação que por enquanto ainda é feita como quem olha de baixo para cima, como quem olha aos sete anos para o tecto do quarto e sonha com o dia em que salta e consegue lá tocar com a ponta dos dedos. Sabe à partida que faltarão outros tantos anos de vida até isso acontecer, mas vai saltando na mesma, não vá o destino apressar-se.
Ainda há poucos dias me foi dito que não posso culpar todas as quatro pessoas por quem me apaixonei na vida por não se terem apaixonado loucamente por mim. O amor é uma teoria de probabilidade cruel, qualquer coisa como 1:Universo. Resta-me então culpar um qualquer interventionist god por me ter acenado com a vela à frente da cara quando sabia de antemão que me ia deixar às escuras.

Resignação. Duvido que conheça uma palavra mais definitivamente negativa, ou negativamente definitiva. É dos sítios mais funestos para se estar, especialmente quando não há outro.

Polaroid from the dead: uma espécie de eremita urbano, barricado anos a fio dentro de casa. Berra compulsivamente "não está ninguém!" do lado de dentro da porta, mesmo que ninguém se tenha aproximado do lado de fora.


Sorrow!
Sorrow is everywhere - a bruise that never yellows and never fades, a weed that chokes the crop. Sorrow is every old person who ever died alone in a small, shitty room. Sorrow is alive in the streets and in the shopping malls. Sorrow in space stations and theme parks. In cyberspace; in the Rocky Mountains; in the Mariana Trench. All this
sorrow.

Douglas Coupland - The Gum Thief.

22.2.08

Random memory

91. 2184. 131040. Then back down.

18.2.08

"Gato escondido com o rabo de fora" da semana

Ou who's who com som em vez de imagem. Aceitam-se bitaites.
Where it hurts the most...

Qual a vingança perfeita para um cliente, que decide chumbar uma campanha às 18h30 de sexta-feira, e acabar por pedir uma nova para segunda-feira? Para aumentar ainda mais o meu ódio, a razão pela qual chumbou, só denota que não percebeu a ideia...

17.2.08

...então e uma verdade espinhosa? E duas?

A primeira é esta.

A segunda foi qualquer coisa do género "pois, o filme do costume da suposta maturidade mal-disfarçada...caga nisso, elas eventualmente crescem".
Vai uma ironiazinha antes de dormir?

I get on the train and I just stand about now that I don't think of you
I keep falling over I keep passing out when I see a face like you

Radiohead - Black Star
Role reversal

Era uma vez um bar em que um gajo do lado de fora do balcão é que ouvia os problemas do gajo do lado de dentro.
Solitude in the hive

O primeiro do rebanho final a ir embora para casa às cinco e meia da manhã baseia a fuga no argumento de não tem ninguém à espera.

Como sempre.

E de repente é a coisa mais normal do mundo para os que ficam.

16.2.08

A song to bring you back (dream on)



Build your dreams to the stars above
But when you need someone to love
Don't go to strangers, darling, come to me

Play with fire till your fingers burn
And when there's no place for you to turn
Don't go to strangers, darling, come to me

For, when you hear a call to follow your heart
You'll follow your heart I know
I've been through it all, for I'm an old hand
And I'll understand if you go

So...
Make your mark for your friends to see
But when you need more than company
Don't go to strangers, darling, come to me

14.2.08

Advert what?

Pode não ser um grande anúncio, mas a ideia no todo, mais a assinatura, fazem maravilhas. Não ganha anúncio do ano, e provavelmente não irá ganhar prémios... Mas ganhou o anúncio do dia.


Last thing I remember, I don't know

Ponto prévio: puta que pariu o dia de hoje.

Ontem fui ao IPO fazer uma provável última visita. A sensação de sair com toda a energia drenada, ao ponto de mal ter força para rodar a chave na ignição ao entrar no carro, é terrível. Não me acontecia desde que ia ver o João ao Egas Moniz. Tal como terrível é o pensamento no regresso a casa de que cada vez há menos gente que gosta mesmo de mim do lado de cá. E vou perder mais um. A sensação de desamparo conjugada com o meu estado mental recente. leva a um pânico irracional pelo facto de ter dores nas costelas que eu sei (quero acreditar) que foi de ter acordado ontem com o telemóvel debaixo dessa zona. Mas nessa zona é onde se começam a manifestar as minhas inseparáveis pancreatites, e vá-se lá racionalizar o pânico e a paranoia. Já arroto 3 vezes por minuto, já salto da cama para respirar fundo como deve ser e checkar se não me dói mesmo mais nada desde há cinco minutos. Vai ficar tudo bem, digo eu sabendo de antemão que não era bem de quem eu queria ouvir isto...preferia alguém em quem eu acreditasse mesmo.

10.2.08

These could be the best days of your life

Parabéns Alex! Bem-vindo ao ano do...



VEADO!!

8.2.08

Carnival of light (and sound)

Love Is the Key



Right...

7.2.08

All my useless ideas

Comprei uma cama. De casal. Foi dos momentos que melhor definem a minha auto-ironia.
Anti-Midas: o epitáfio

Morreu pelo sonho que o fez sentir vivo. Pela mais doce ilusão da sua vida, que se lhe atravessou no caminho numa quarta-feira de Agosto e ficou por dias e noites de suposta comunhão de almas (que na realidade pouco mais seriam do que comiseração perante a sua irreversível vulgaridade). Absorveu de todos esses segundos de canções, filmes, exposições, abraços, mensagens, telefonemas, tiques, sussurros, quase-ciúmes, promessas e sonhos acordados mas nos quais se fecham os olhos, o oxigénio que lhe manteve os pulmões a funcionar, o sangue a correr nas veias e o coração a dispará-lo de uma maneira tão eufórica quanto idiota.
Inebriado por odores de Marlboro Lights e L'Instant Magic, nunca chegou realmente a aprender que no seu caso a reciprocidade combate pelo inimigo, e que lado lhe estava reservado de modo vitalício na fronteira entre "lovely" e "lovable". Por teimosia, pensou que um dia poderia ser "lovable" e, consequentemente, amado. Talvez o pior tenha sido isso mesmo, ter desafiado o terrível dote de transformar em pedra tudo aquilo que quis tocar e guardar. Encontrou o destino sob os destroços do barco a remos no qual tentou chegar a Saturno, ao nível de sonho e insanidade de um qualquer Ícaro. Em sofrimento, frustração e profundo desespero, rasgou as costelas para chegar ao coração. Numa última e definitiva prova das suas qualidades, ao tentar agarrá-lo, transformou-o em pedra. Jaz algures a um canto do meu cérebro, na vala comum para onde foi igualmente atirada a Grande Ordem Cósmica (que viveu em vão e em vão morreu, soterrada pelo primeiro dia de neve em Nova Iorque). Mas incrivelmente, o barco chegou mesmo a levantar vôo...

6.2.08

Li este livro
E digo-vos uma coisa: se cortarem-se da viagem de julho, vou sozinho.